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O que é o Wine?

O Wine faz possível executar programas Windows em sistemas operativos baseados em Unix, particularmente o Linux. Na sua estrutura, o Wine é uma implementação de uma Biblioteca de Interface de Programação de Aplicações Windows, agindo como uma ponte entre os programas Windows e o Linux.

Funcionamento

Quando um programa de Windows tenta executar uma função que o Linux não compreenda normalmente, o Wine traduzirá a instrução do programa em uma suportada pelo sistema.

Por exemplo, se um programa pedir que o sistema crie uma tecla de Windows ou um campo de texto, o Wine converterá essa instrução numa equivalente no Linux, enviando o comando ao gerente de janela usando o protocolo X11 padrão.

Se você tiver acesso ao código-fonte do programa Windows que deseja usar, o Wine pode ser usado para compilar o programa num formato que pode ser entendido pelo Linux mais facilmente.

Aplicações nativas

Uma alternativa com relação ao uso de programas Windows pelo Wine, é procurar programas similares desenvolvidos para rodar em Linux. Actualmente existem diversas alternativas para praticamente todos programas Windows, e com óptima qualidade de performance, muitas delas superando a equivalente para Windows. Essa é sempre uma boa escolha, visto que os desenvolvedores de Software estão portando suas aplicações para o Linux num ritmo crescente, tendo em vista atender um maior número de utilizadores. Isso elimina a necessidade de utilizar o Wine deixando o sistema mais leve, visto que o seu desenvolvimento foi baseado na estrutura do Linux.

Máquinas virtuais

Uma outra alternativa seria fazer o uso máquinas virtuais, que são programas que rodam em nível de software e possibilitam instalar outro sistema operativo, rodando em cima do originalmente instalado. Com isso, é possível rodar um sistema Linux e ao mesmo tempo rodar o Windows na máquina virtual com as suas aplicações executando simultaneamente no mesmo hardware.

No entanto, o uso de máquinas virtuais configurando manualmente gasta muita memória do sistema, visto que ele passa a suportar dois sistemas operativos. Sendo assim, máquinas com recursos limitados não conseguem executar máquinas virtuais satisfatoriamente.

Alguns exemplos de máquinas virtuais de código aberto são Bochs e QEMU, e as com versões comerciais mais usadas são VMware e VirtualPC.

Métodos de instalação

Uma vez decidido que o Wine é o que você precisa, o próximo passo é decidir como você quer instalá-lo. Existem três métodos para instalar o Wine, com suas vantagens e desvantagens.

Instalação por pacotes

Sem dúvidas o método mais fácil de instalar o Wine é usando a versão em pacotes. Estes pacotes contêm arquivos prontos compilados especificamente para a sua distribuição (Debian, Ubuntu, Suse, Slackware, Red Hat, etc), e são constantemente testados para garantir a sua funcionalidade.

Instalação por pacotes é o método mais recomendado e pode ser obtido na página de downloads do WineHQ onde se encontra sempre as últimas versões dos pacotes, ou em alguns sites de downloads. Em alguns casos os pacotes do Wine podem ser encontrados nos repositórios oficiais das distribuições. Pacotes são facilmente actualizados, sendo que em muitas distribuições podem ser actualizados com poucos cliques.

Na primeira instalação do Wine, simplesmente faça o download e instale o pacote correspondente, ou utilize alguma ferramenta que o faça, disponibilizada pela sua distribuição (apt-get, synaptic, yum, etc). Caso queira fazer uma actualização de versões, não é necessário remover a versão antiga, as distribuições Linux actuais fazem a substituição automaticamente.

Mas se você instalou através do código-fonte, você precisa removê-lo antes de instalar através de pacotes. Será mostrado como fazer a remoção na parte de instalação pelo código-fonte.

Pacotes .DEB

Os pacotes .deb são simples de usar e são suportados por distribuições baseadas no Debian, como o Ubuntu e o Kurumin. O comando para instalar um pacote .deb é o seguinte:

dpkg -i wine*.deb

O comando para desinstalar um pacote .deb é o seguinte:

dpkg -r wine*.deb

Instalação via Apt-get e Synaptic

Instalar o Wine através do comando DPKG nem sempre é uma boa alternativa, pois podem ocorrer algumas dependências de arquivos que não se encontram no sistema. Um método mais fácil seria utilizar o comando apt-get, disponível em distribuições baseadas no Debian, que faz o download e instala as dependências juntamente com o programa. Para que seja instalada a última versão por esse método, é necessário incluir as seguintes linhas no arquivo de configuração do Apt-get/Synaptic localizado em /etc/apt/sources.list:

deb http://wine.sourceforge.net/apt/ binary/

deb-src http://wine.sourceforge.net/apt/ source/

Após salvar o arquivo sources.list, execute o seguinte comando para atualizar a lista dos pacotes disponíveis:

# apt-get update

e finalmente o seguinte comando para instalar o Wine:

# apt-get install wine

Para desinstalar:

# apt-get remove wine

O apt-get utiliza um arquivo localizado em /etc/apt/sources.list que contem endereços de servidores que contêm pacotes actualizados. Antes de utilizar o apt-get é interessante actualizar a sua lista de programas disponíveis nos servidores executando o comando:

# apt-get update

No entanto, existe um programa com as mesmas funcionalidades do apt-get, o synaptic. Através dele é possível fazer todas as tarefas descritas acima com mais facilidade.

Obs: Para esses processos é preciso ter a senha de root.

Pacotes RPM

O RPM é um sistema de instalação de programas criado pela Red Hat.

O comando para instalar um pacote RPM é o seguinte:

rpm -i nome_do_pacote.rpm

Caso já tenha uma versão do Wine instalada, basta utilizar o comando seguinte para que seja actualizado para a versão mais recente:

rpm -U wine*.rpm

Caso já esteja instalado e você queira removê-lo, utilize o seguinte comando:

rpm -e wine

Para esse comando não é preciso colocar o nome do pacote com a extensão rpm, basta colocar "wine".

Se você deseja listar os pacotes que já se encontram instalados, use o seguinte comando:

rpm -qa

Instalação pelo código fonte

Algumas vezes os pacotes do Wine não atendem exactamente as suas necessidades. Talvez ele não está disponível para sua distribuição ou é incompatível com o seu hardware, ou talvez você precisa compilá-lo com algumas optimizações ou com algumas opções desabilitadas.

Por se tratar de um Projecto Open Source (código aberto), você está livre para fazer todas essas modificações com o código-fonte do Wine, que é liberado em todas as novas versões. Esse método de instalação pode ser feito fazendo o download do arquivo de código-fonte do Wine e compilando com uma linha de comando. Se você tiver familiaridade com esse processo e tiver necessidades especiais esse pode ser o método mais indicado.

Pegar os arquivos de código do Wine é simples. Em todas as actualizações, é colocado um pacote compactado no formato tar.gz na página de downloads do WineHQ. Compilar e instalar o Wine pelo código-fonte é um pouco mais difícil que usando um pacote.

Instalação por repositório CVS

Se você desejar acompanhar o desenvolvimento do Wine, ou ajudar como um desenvolvedor, você pode fazer o download das últimas versões do código através do servidor CVS. Instruções para fazer o download do Wine através do servidor CVS pode ser encontrado em http://www.winehq.org/site/cvs.

Tome conhecimento dos avisos caso queira usar as versões de desenvolvimento. O código-fonte presente no repositório CVS não foi suficientemente testado, e pode em alguns casos não compilar correctamente. Por outro lado, esse é a melhor forma de testar como a próxima versão do Wine irá se comportar no seu sistema, ou para que desenvolvedores de programas possam testar como os seus softwares se comportarão na próxima versão do Wine.

Instalação via urpmi

Em distros baseadas no Mandrake, existe a possibilidade de usar o programa urpmi. Esse é um método mais fácil, o urpmi faz o download e instala o programa e dependências que possam existir. O comando para a instalação seria:

urpmi wine

E para desinstalar:

urpme wine

Caso queira listar programas e bibliotecas relacionadas com o wine, utilize o seguinte comando:

urpmq wine

Utilizando o Winecfg

Muitas das configurações podem ser feitas através das ferramentas do Winecfg. Antigamente o Wine utilizava um arquivo de configuração que era localizado em ~/.wine/config. Se a versão que você instalou ainda utiliza este arquivo de configuração você deve fazer uma actualização para a versão mais recente. As versões posteriores a Junho de 2005 não utilizam mais esse arquivo. Actualmente todas as configurações são armazenadas directamente no registro e acedidas pelo Wine quando ele é iniciado.

O Winecfg deve ter sido instalado no seu computador juntamente com os outros programas do Wine. Para iniciá-lo basta digitar o comando no terminal:

$winecfg

Caso o comando não for encontrado, você pode encontrá-lo no diretório /usr/local/bin/winecfg.

Caso você não encontre, instale o seguinte pacote:

apt-get install wine-utils

Obs: lembrando que o apt-get é apenas para distribuições baseadas no Debian.

Quando o programa iniciar, você ira notar as seguintes abas no topo da janela:

  • Applications
  • Libraries
  • Graphics
  • Appearance
  • Drives
  • Audio
  • About

Mudanças da configuração nas abas Applications e Libraries pode causar um grande impacto quando uma aplicação for iniciada. As outras configurações fazem com que o Wine se comporte da maneira que você desejar.

As abas Applications, Libraries, e Graphics são interligadas. Se você usar a Configuração Padrão para uma aplicação, todas as mudanças feitas em Libraries e Graphics serão mudadas para todas as aplicações. Se você configurou uma aplicação específica na aba Application e tiver com ela selecionada, então todas as mudanças feitas em Libraries e Graphics terão efeito somente nessa aplicação. Isso permite customizar uma aplicação específica.

Configurações de aplicações

O Wine tem a habilidade de simular o comportamento de diferentes versões do Windows. Em geral, os comportamentos do Windows NT e dos Win9x são bastante diferentes. Algumas aplicações requerem um comportamento específico para que funcionem correctamente, e a mudança dessas configurações podem causar erros quando executados. Recentemente a versão de Windows padrão usada pelo Wine foi alterada para o Windows 2000. Entretanto, muitas aplicações trabalham melhor se configuradas para o Windows 98.

Dentro da aba Applications você pode notar que existe um item chamado Default Settings. Se seleccionado, você poderá ver a versão do Windows padrão que está sendo usando para todas as aplicações. Algumas aplicações específicas são melhor configuradas separadamente das configurações padrões. Para fazer isso siga os seguintes passos:

  1. Clique no botão Add application.
  2. Selecione o executável da aplicação desejada.
  3. Depois de adicionada, você pode escolher a versão específica do Windows que o Wine ira emular a sua aplicação.

Configurações das bibliotecas

Do mesmo modo, algumas aplicações requerem bibliotecas específicas para funcionarem. O Wine reproduz o sistema de bibliotecas do Windows (DLL) com versões projectadas para funcionarem exactamente da mesma forma, mas sem requerer as licenças da Microsoft. Sabe-se que existem algumas deficiências nas versões internas, mas em muitos casos a funcionalidade é suficiente. Usando somente as DLLs internas assegura-se que o seu sistema utiliza somente código livre. Entretanto, o Wine tem a possibilidade de carregar as DLLs nativas do Windows.

Substituição de DLL

Não é sempre que uma aplicação pode ser executada somente com as DLLs internas. Algumas DLL nativas do Windows funcionam melhor. Após você localizar a DLL no Windows, você precisará colocá-la num lugar apropriado para que o Wine encontre e possa configurá-la para ser usada. Geralmente o lugar que você colocar é o directório que você configurou para ser o c:\windows\system. Existem quatro DLLs que você nunca deve tentar usar uma versão nativa: kernel32.dll, gdi32.dll, user32.dll, e ntdll.dll. Essas bibliotecas requerem um acesso ao fonte do Windows que não existe no Wine. Com isso em mente, uma vez copiada a DLL você precisa configurar o Wine para usá-la. Você pode configurar o Wine para escolher entre uma DLL nativa ou uma interna em dois diferentes níveis. Se você tiver selecionado Default Settings na aba Applications, as mudanças que forem feitas afectarão todas as aplicações.

Para adicionar uma substituição para FOO.DLL, na aba Libraries digite "FOO" na caixa New override for library e clique no botão Add. Para mudar como a DLL irá se comportar, selecione-a e clique em Edit. Por padrão as DLLs adicionadas serão setadas para a biblioteca nativa do Windows antes da biblioteca interna do Wine (Native then Builtin). Você pode também escolher somente a nativa (Native(Windows)), somente a interna (Builtin(Wine)), ou desabilitá-la (Disable).

Observações sobre o sistema de DLL

A equipa do Wine determinou que as vezes se faz necessário criar DLLs falsas para enganar alguns programas que verificam a existência de arquivos para determinar se uma característica particular está disponível. Se esse for o seu problema você pode criar um arquivo vazio no directório equivalente ao c:\windows\system para fazer com que o programa pense que ele está lá, e as DLLs internas do Wine serão carregadas quando o programa pedir ela.

Naturalmente algumas DLLs não são bem implementadas pelo Wine. Se você não tiver o Windows para poder copiar as DLLs dele, você pode copiar de sites que podem ser encontrados através de sistemas de busca. Certifique-se que está a obedecer às licenças das DLLs, pois algumas são distribuídas livremente e outras não.

DLLs em falta

Caso o Wine acuse que uma DLL está a faltar, deve verificar se esse ficheiro é uma DLL disponível publicamente ou se é uma DLL pertencente ao seu programa (procurando por seu nome na Internet). Depois de localizá-la, você deve se certificar se o Wine pode usá-la. As DLLs são normalmente carregadas na seguinte ordem:

  1. Directório de onde o programa foi iniciado.
  2. Directório actual.
  3. Directório de sistema do Windows.
  4. Directório do Windows.
  5. Directórios disponíveis no PATH.

Coloque a DLL requerida no directório do programa, ou coloque no directório de sistema do Windows (c:windowssystem). Também é possível que você use DLLs nativas do Windows NT, entretanto o suporte do Wine para o NT é menor que para o Win9x.

Configuração de som

O Wine pode trabalhar com diferentes sistemas de áudio que você pode escolher na aba Audio. O botão Autodetect pode configurá-lo todo automaticamente, ou você pode seleccionar um driver manualmente. Distribuições antigas usando o kernel 2.4 ou anterior normalmente usam o driver "OSS". Kernels a partir do 2.6 utilizam o "ALSA".

Se você tiver usando o KDE, provavelmente você pode usar o driver "aRts". Se você tiver usando o GNOME provavelmente você possa usar o EsounD. Os drivers OSS e ALSA foram os mais testados, portanto é recomendável usá-los se possível. Se você precisar usar o "Jack" ou "NAS" provavelmente você já vai saber o porquê.

As configurações do DirectSound são usadas principalmente por jogos. Você pode escolher a velocidade de aceleração da sua placa (hardware acceleration), mas na maioria dos casos "Full" é o ideal.

Configurações gráficas

Existem basicamente cinco configurações gráficas diferentes que você pode usar. Para a maioria das pessoas o padrão é o ideal.

A primeira representa o número de cores que podem ser mostradas na tela. Placas de vídeo antigas demoram muito tempo para mostrar toda a grade de cores e para elas é útil poder especificar um gráfico de "8-bits". Placas de vídeo modernas, normalmente com mais de 8MB de memória, não têm problema em usar um display de 24 ou 32-bits.

As configurações seguintes afectam principalmente jogos e são autoexplicativas. Você pode prevenir que o rato saia da janela do programa do DirectX e o padrão é que essa caixa esteja selecionada. Uma outra razão para que essa opção esteja habilitada é quando a aplicação exige uma maior precisão do rato. A opção "Enable desktop double buffering" permite melhores actualizações da tela, sendo que jogos podem se beneficiar com isso, e o padrão é deixar essa opção marcada. Essa opção aumenta o uso da memória. Você pode também emular um "virtual desktop". Nesse caso, todos os programas irão executar numa janela separada. Está pode ser uma boa forma para testar erros nos jogos que mudam a resolução da tela. A resolução padrão é 640x480, mas você pode tentar vários tamanhos. Para as configurações do Direct3D, elas podem ser detectadas automaticamente, mas você pode forçar para que ele se comporte de uma determinada forma. Alguns jogos fazem uma busca no sistema para verificar se algumas funções são suportadas. Desligando essa funcionalidade do wine pode fazer com que jogos rodem mais rapidamente, mas com uma qualidade menor nos gráficos, ou o jogo pode não funcionar correctamente.

Configurações dos drives

O Windows requer uma configuração do disco rígido que é simulada pelo Wine. A maioria das pessoas são familiarizadas com a notação A: para representar o drive de disquete, o C: representa o disco rígido principal, etc. Wine usa o mesmo conceito para mapear esses drivers para o sistema de arquivos nativo do Linux. A configuração do driver do Wine é relativamente simples. No winecfg dentro da aba Drives você poderá ver botões para adicionar ou remover drives. Quando você escolher adicionar um drive, uma nova entrada será feita e irá aparecer o drive padrão. Você pode mudar para onde os seus drives apontam mudando a caixa Path:. Se você não tiver certeza do endereço exacto do drive você pode clicar em "Browser" para procurar por ele. Para remover um drive basta seleccioná-lo e clicar em "Remove". O Winecfg tem a habilidade de detectar automaticamente os drives disponíveis no seu sistema. É recomendável tentar isso antes de tentar configurar os drives manualmente. Simplesmente clique no botão "Autodetect" para que o Wine procure pelos drives do seu sistema.

Configurando manualmente

Você também pode configurar os drives manualmente, sem usar o Winecfg. Todos os drives ficam em um directório específico, ~/.wine/dosdevices. Os drives são simplesmente links, ou atalhos, para onde os drives realmente estão no sistema.

O Wine configura automaticamente os drives que ele detecta na primeira vez que você executa o Wine:

$ ls -la ~/.wine/dosdevices/
lrwxrwxrwx  1 wineuser wineuser   10 Jul 23 15:12 c: -> ../drive_c
lrwxrwxrwx  1 wineuser wineuser    1 Jul 23 15:12 z: -> /

Para adicionar outro drive que não foi detectado anteriormente, por exemplo o CD-ROM, você precisa criar um novo link da seguinte forma:

ln -s /mnt/cdrom ~/.wine/dosdevices/d:

Fique atento para o estilo definido para um novo drive – o nome é formado por uma letra seguida por dois pontos (como a: ou d:).

Como o link do drive c: aponta para ~/.wine/drive_c, você pode interpretar que uma referência para c:\windows\system significa ~/.wine/drive_c/windows/system.

Aparência

O Wine pode carregar temas de janelas que você tiver disponível. Apesar de não afectar em nada o funcionamento do Wine e dos programas executados por ele, mudar o tema da aparência pode deixá-lo com uma aparência mais agradável. O Wine suporta o novo tipo de tema MSStyles. Com o tema do "Microsoft Plus!" com suporte aos arquivos .msstyles, os controles das janelas podem ter o visual alterado. Se você desejar testar, siga os seguintes passos:

  1. Faça o download do tema desejado. Precisa conter o arquivo .msstyles.
  2. Crie um novo directório no seu drive emulado do Wine da seguinte forma:
$ mkdir -p ~/.wine/drive_c/windows/Resources/themes/nome-do-seu-tema
  1. Mova o .msstyles para o diretório criado.
  2. Abra o programa winecfg e entre na aba Appearance para selecionar o novo tema.

Portas serial e paralelas

As configurações das portas paralelas e seriais são muito similares as configurações de drives — basta criar um link em ~/.wine/dosdevices com o nome do dispositivo. As portas seriais do windows seguem uma convenção de nomenclatura, sendo começadas "com" seguidas de um número, como com1, com2, etc. Da mesma forma, as portas paralelas usam "lpt" seguido de um número, como lpt1. Você precisa criar um link direcionando para o dispositivo Unix correspondente, como /dev/ttyS0 e /dev/lp0. Por exemplo, para configurar uma porta serial e uma porta paralela, execute os seguintes comandos no shell:

ln -s /dev/ttyS0 ~/.wine/dosdevices/com1
ln -s /dev/lp0 ~/.wine/dosdevices/lpt1

Partilha de rede

A partilha do Windows pode ser mapeada no diretório unc/, assim qualquer coisa que tente aceder \meuserver\algo\files será localizado em ~/.wine/dosdevices/unc/meuserver/algo/files. Por exemplo, se você utiliza o Samba para montar meuserveralgo em /mnt/smb/meuserver/algo então você pode utilizar o seguinte comando:

$ ln -s /mnt/smb/meuserver/algo ~/.wine/dosdevices/unc/meuserver/algo

Não esqueça de criar o diretório ~/.wine/dosdevices/unc caso ele ainda não exista.

Fontes

A configuração de fontes é bastante simples de fazer. Para isso basta copiar os arquivos .ttf para a pasta c:\windows\fonts equivalente do Wine, ou seja, ~/.wine/drive_c/windows/fonts.

Impressoras

O Wine pode interagir diretamente com o sistema de impressoras do Linux para encontrar impressoras disponíveis no sistema. Configurar uma impressora no Wine é simplesmente verificar que a configuração CUPS está a funcionar normalmente.

Scanners

No Windows, os scanners usam a API TWAIN para acessar o hardware. A DLL TWAIN interna do Wine simplesmente redireciona as requisições para as bibliotecas SANE do Linux. Mas para utilizar o scanner no Wine você tem que ter certeza de que você pode acessá-lo através do SANE. Depois você deve verificar se você tem o xscanimage disponível para o uso. Atualmente o xscanimage é enviado no pacote sane-frontends, mas pode não estar instalado na sua distribuição.

Instalação

Considerando que você está a usar uma instalação do Windows emulada pelo Wine, você deve instalar aplicações da mesma forma que você faria numa instalação normal do Windows: através do instalador. Você pode aceitar o padrão para a instalação, muitos instaladores terão como diretório padrão o "C:\\Programas".

Desinstalar e executar aplicações

A forma padrão de desisntalar uma aplicação é através do desinstalador, normalmente registrado no painel de controle "Adicionar/Remover programas". Para acessar o equivalente do Wine, execute o programa uninstaller no terminal:

$ uninstaller

Alguns programas instalam associados ao painel de controle de applets, como exemplo pode-se citar o Internet Explorer e QuickTime. Você pode acessar o painel de controle do Wine executando o seguinte comando no Terminal:

$ wine control

que abrirá uma janela do painel de controle de applets, como no Windows. Em aplicações que não instalam um menu ou um item no Desktop, você terá que executar a aplicação através de um comando. Sabendo onde a aplicação foi instalada, o comando seria assim:

$ wine "c:\\Programas\\programa\\programa.exe"

O caminho do diretório não é sensitive case, ou seja, o Wine não faz distinção de letras minúsculas e maiúsculas, mas lembre-se de colocar as aspas duplas.

DCOM98 e IEXPLORER

O dcom98.exe é o instalador de uma importante actualização do Windows 98 para o wine, que possibilita executar algumas aplicações Windows com melhor desempenho. Para efetuar a instalação do dbcom98 você deve selecionar no winecfg o sistema operativo Windows 98 e fazer o download e instalar da seguinte forma:

http://download.microsoft.com/download/d/1/3/d13cd456-f0cf-4fb2-a17f-20afc79f8a51/DCOM98.EXE

$ WINEDLLOVERRIDES="ole32=n" wine dcom98.exe

O IExplorer (browser Internet Explorer) também pode ser instalado, pois alguns programas dependem dele para funcionar no Wine. A instalação deve ser feita após a instalação do Dcom98, e de forma semelhante:

http://download.microsoft.com/download/ie6sp1/finrel/6_sp1/W98NT42KMeXP/EN-US/ie6setup.exe

$ WINEDLLOVERRIDES="advpack=n" wine ie6setup.exe

Logo após, transfira os dados dos registos do ie6setup, descompacte e insira no registo da seguinte forma:

http://frankscorner.org/files/ie6registry.tgz

$ regedit ie6-icw.reg
$ regedit ie6.reg
$ regedit iexplore.reg

Se você prefere usar uma interface gráfica para navegar por seus arquivos, uma boa alternativa seria o Winefile. Essa aplicação do Wine pode encontrar outros programas do Wine. Essa é uma boa forma de ver a configuração dos drives e localizar arquivos, podendo também executar programas diretamente do Winefile. Muitas das funções do Winefile ainda estão em desenvolvimento.

$ winefile

O que fazer se algum programa ainda não funcionar?

Verificar a configuração do Wine

Observe a saída do comando

$ wine --version

para ter certeza que você está a usar a última versão do Wine. Execute o Winecfg e verifique se as configurações estão corretas.

Configure com versões diferentes do Windows

Algumas aplicações se comportam melhor em versões diferentes do Windows. Sendo assim, o ideal seria testar o funcionamento da aplicação em todas as diferentes versões disponíveis.

Use caminhos de diretórios diferentes

Isso também pode ajudar em alguns casos, iniciar uma aplicação através do diretório em que se encontra ou especificando o diretório emulado pelo Wine. São essas as formas possíveis:

$ wine ~/.wine/drive_c/programas/Prog/programa.exe
$ wine "c:\\Programas\\Prog\\programa.exe"

Verifique o ambiente do sistema

Pode ser que a estrutura do Wine esteja danificada. Verifique se todas as dependências estão corretas e atualizadas na última versão disponível.

Verifique a sua aplicação

Talvez a sua aplicação utilize alguma proteção contra cópia ou contra hacks. Muitas proteções atualmente não são suportadas pelo Wine. Mas talvez no futuro elas serão suportadas.

Reconfigure o Wine

Algumas vezes o processo de instalação é modificado em versões mais atualizadas. Se for feita uma atualização de versão do Wine, o ideal é fazer uma reconfiguração. Para isso, renomeie o diretório existente ~/.wine para servir de backup (ex: ~/.wine_back). Inicie o Wine para que seja criada uma nova configuração, e execute o Winecfg para alterar as configurações necessárias. Assim, uma nova configuração baseada na nova versão do Wine instalada será feita.

Activex

Alguns programas precisam do plugin Activex para serem instalados. Apesar do Wine solicitar ao utilizador a confirmação para fazer o download automaticamente, algumas vezes a instalação não é concluida com exito. Para essa situação, tente instalar o pacote do seguinte link:

http://source.winehq.org/mozactivex

Procure por mais informações

Procurar por informações na internet é sempre a melhor forma de obter ajuda, pois é muito provável que alguém já tenha feito o que você pretende fazer. Você pode encontra ajuda nos seguintes locais:

  • WineHQ's Application Database
  • No site Frank's Corner você poderá encontrar uma lista de aplicações com instruções de utilização no Wine. Pode encontrar ajuda adicional no Fórum de Utilizadores.
  • O Google pode ser a melhor forma de encontrar informações sobre a aplicação que pretende usar. Pode encontrar ajuda procurando nos Google Groups, em particular no grupo comp.emulators.ms-windows.wine.
  • Freenode.net hospeda um canal IRC para o Wine. Você pode acessá-lo usando qualquer cliente IRC. As configurações que você precisa são: server = irc.freenode.net, port = 6667, channel = #winehq
  • Se você tiver um programa que precisa do Visual Basic Runtime Environment, você pode fazer o download no site da Microsoft.
  • Se você estiver a precisar de alguma DLL que esteja a faltar, você pode encontrar em www.dll-files.com (atenção: o descarregamento de DLLs que façam parte do Windows só é legal se tiver uma licença desse SO)
  • As Mailing lists e o fórum do Wine também pode ajudar, onde estão usuários especialistas em Wine: http://www.winehq.org/forums